Relato de uma jovem peregrina e estudante.
Há pouco mais de uma semana, Portugal vivia um dos acontecimentos mais ilustres do século: a JMJ 2023, em Lisboa. Não quisemos passar ao lado de um evento de tão grande dimensão, sendo assim uma das nossas redatoras decidiu partilhar a sua experiência.
Não vou negar. As minhas expectativas para a JMJ em Lisboa estavam altíssimas, principalmente porque ouvi falar imenso deste evento durante mais de um ano. Felizmente, a Jornada Mundial da Juventude superou-as e foi capaz de me marcar de uma maneira inexplicável.
Por um lado, foi impressionante ver as ruas de Lisboa cheias de alegria e vozes de diversas nacionalidades. Estávamos todos em uníssono com um único objetivo: partilhar experiências uns com os outros e valores como a Paz e o Amor. Além disso, os eventos com a presença do Papa foram mágicos, pois as reinterpretações de alguns rituais católicos ofereceram irreverência e jovialidade, trazendo ao de cima temas atuais e bastante pertinentes.
Por outro lado, os transportes foram uma confusão e esse facto aliado com as inúmeras atividades existentes tornaram a Jornada um pouco cansativa. No entanto, penso que tudo faz parte e o contacto com os estrangeiros trouxe-me diversão suficiente para pensar positivamente.
Por fim, deixo-vos cinco lições que levo da JMJ 2023 para a minha vida enquanto estudante (além de ter praticado o meu inglês, claro):
Partilha: A partilha tem maior valor do que aquele que imaginamos, principalmente de experiências. Por isso, não devemos fazer o nosso percurso académico sozinhos, mas sim em comunhão com os outros.
Escuta: É vital saber percecionar as necessidades dos outros e ouvi-los. Assim, permanecemos menos centrados em nós próprios e mais ligados ao mundo.
Reflexão: A reflexão ajuda-nos a delinear o nosso caminho. Os momentos de introspeção/silêncio são importantes para analisarmos a realidade, bem como para redefinir as nossas prioridades.
Gestão de Tempo: A JMJ obrigou-me a gerir o tempo da melhor forma, mais precisamente ao nível dos transportes, das atividades, dos locais a visitar, do contacto com as pessoas, etc...
Trabalho em equipa: Não só num grupo, mas também com os outros. A multidão torna-se num só (numa personagem coletiva) e todos têm de se apoiar para tudo funcionar o melhor possível.
Concluindo, o que a JMJ 2023 me ensinou foi que podemos ir buscar a inspiração em qualquer momento ou em qualquer lugar, e que tal difere de pessoa para pessoa. Por essa razão, não podia terminar este artigo sem uma devida dedicatória:
Querida JMJ, deste-nos a todos, jovens peregrinos, um sentimento puro de alegria que nos transcende. Reconheço agora que pertenço em algum lugar e que ainda há muitas aventuras por viver.
