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A praxe académica

A vida universitária é um marco na vida de qualquer pessoa, tal como já temos vindo a salientar. São te proporcionadas experiências de diversas índoles, lúdicas, pedagógicas, sociais, que te preparam para, mais tarde, entrares no universo profissional.

A “praxe” é, certamente, um assunto que assola a mente de todos os caloiros que se estão a preparar para ingressar na universidade. Sendo assim, este artigo tem como objetivo dar-te um testemunho real de uma estudante da Universidade do Porto e de um estudante da Universidade do Minho, respetivamente, que, desde cedo, vivenciaram a praxe em toda a sua extensão. Pedimos-lhes que respondessem a algumas questões, que te deixamos em seguida para dares uma olhadela!

1. Uma explicação lacónica da praxe no que concerne ao principal objetivo da mesma, em que consiste a praxe:

“A praxe tem como principal objetivo passar conhecimento sobre a tradição e vida académicas, ajudando a integrar os novos estudantes nesta nova fase. A praxe é organizada em hierarquias, tendo cada uma um papel fulcral no bom funcionamento desta. “


“A praxe, quando exercida em consonância com os valores instituídos pela instituição e sempre primando pelo respeito interpar, não só desempenha um papel muito importante na integração dos novos estudantes como os prepara, num processo contínuo, para a futura vida profissional.”

2. Breve alusão à diferença de praxe entre faculdades:

“Embora façamos todos parte da praxe da academia do Porto, a praxe é diferente de sítio para sítio, pois cada casa tem os seus próprios costumes e identidade.”

“Depende dos costumes de cada casa e das experiências e valores que se pretende passar maioritariamente. Cada uma tem particularidades que as distinguem e que diferem de umas para as outras, só mesmo experienciando!”


3. Ensinamentos que advêm da praxe e dos princípios pelos quais esta se rege:

“Muitos dos ensinamentos que advêm da praxe são uma mais valia na vida, tais como a sinceridade, o respeito mútuo e a união. O sentido de compromisso é também uma característica que se aprende na praxe e que é fundamental na vida futura.

Para além disso, em praxe, é-se muitas vezes colocado fora da zona de conforto, o que leva a ganhar diferentes capacidades, tais como, a capacidade de desenrasque, persistência e o desenvolvimento da expressão oral, características essenciais tanto a nível profissional, como no crescimento pessoal.”

“Isso é relativo, pois cada pessoa retira certas coisas da praxe em função da experiência que teve e da dedicação que dispôs. Porém, creio que há certas coisas que são transversais, o espírito de equipa, o compromisso para com um grupo, o respeito revelado uns pelos outros. São valores primordiais e que são a base para uma boa experiência.

Em praxe, somos colocados à prova em várias situações, se não revelarmos estes “ensinamentos” no exercício da praxe, em grupo, as coisas não funcionam. O mundo funciona bastante nesta base, precisamos uns dos outros para conseguir chegar a algo, e para isso, tem que haver uma convivência harmoniosa entre todos.”

4. Conciliar a vida universitária com a praxe e qual o compromisso que isto implica:

“A praxe é um compromisso, ocupando tempo e, por esta razão, é necessário organizar bem todas as partes da vida de cada um, sendo estudos, vida amorosa e familiar, etc.

Não é por acaso que a praxe é feita entre pessoas do mesmo curso ou da mesma faculdade. A entreajuda no estudo é uma das coisas mais importantes e valiosas que se leva da praxe, onde o espírito de que ninguém é deixado para trás persiste.”

“Como qualquer projeto, estar na praxe exige compromisso não só para com o próprio, mas com os outros. Tal como já (te) disse, muitas coisas em praxe só funcionam se houver coesão e amizade no grupo, pelo que temos que ser uns para os outros. O meu grande grupo da faculdade nasceu na praxe, e isso acontece com muitas pessoas porque, de facto, estamos lá uns para os outros, há entreajuda na praxe, no curso, em situações do quotidiano… Lá está, é algo que só se percebe experienciando.”

5. Opinião pessoal:

“Antes de entrar na faculdade já tinha ouvido falar sobre a praxe e muitas das coisas que ouvi não eram boas. No entanto, decidi pelo menos experimentar para poder formar a minha própria opinião em relação ao assunto. Dizer que foi uma das melhores decisões que tomei até hoje é bastante clichê, por isso digo só que a minha experiência até agora foi bastante memorável e recompensante, onde fiz muitas amizades para a vida.

O meu conselho, portanto, para qualquer pessoa que esteja indecisa em entrar ou na praxe é que experimente primeiro e se gostarem continuam, mas se não gostarem tudo bem também, existem muitas outras atividades que permitem a integração na faculdade.”

“Penso que o que disse em resposta às perguntas anteriores já sugere que o saldo que retiro da praxe é muito positivo. Ouve-se muitas coisas acerca da praxe, e eu confesso que tive algum receio em experimentar a praxe, devido ao mediatismo negativo da mesma e no início, não fiquei imediatamente agradado com o conceito, ponderei mesmo sair. Mas dei uma hipótese, refleti em relação ao que me iam dizendo, e cresci muito, conheci pessoas incríveis, e já me propiciaram experiências que nunca irei esquecer.

Não digo que, em certos sítios, não seja real aquilo que nos é passado em relação à praxe, não concordo com muitas coisas que oiço dizer de outras faculdades, cursos, etc, mas no meu caso, estou muito satisfeito com a experiência que tenho tido e que pretendo continuar a ter.


Aconselho toda a gente a experimentar, pelo menos. A praxe não é vinculativa e, caso não se goste, há a liberdade de sair e de experimentar coisas novas. Somos todos diferentes, o ser humano é todo ele singular, e há para todos o grupo e a atividade certa! Sendo assim, e falando para ti, aconselho-te a experimentar!”

Como pudeste constatar, cada pessoa tem uma perspetiva muito própria em relação à praxe, mas o conselho destes dois estudantes e, certamente, de qualquer estudante universitário, é de que experimentes! Já vem da sabedoria popular, não sabes se gostas até provares, e isso aplica-se em muitas circunstâncias, aqui não é exceção.

Resgatando esta frase do discurso supracitado, “A praxe não é vinculativa e, caso não se goste, há a liberdade de sair e de experimentar coisas novas. Somos todos diferentes, o ser humano é todo ele singular, e há para todos o grupo e a atividade certa!”, por isso não te acanhes, arrisca.

Mais tarde, vais querer olhar para a tua estadia na universidade com uma saudade impregnada de bons momentos, a emanar felicidade… começa a construir o teu percurso para que este seja inesquecível. E já sabes, nós estamos aqui para acompanhar o teu percurso. Qualquer dúvida, não hesites em contactar-nos!



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