A candidatura a um período de mobilidade no ensino superior é um grande passo na tua vivência académica e exige muito de ti, mas não tenhas medo. A aventura e a experiência de realizar Erasmus valem cada passo da candidatura. A fase de pesquisa e decisão pode ser uma verdadeira dor de cabeça, por isso, preparámos este artigo para te ajudar!
1 - Organização: o segredo para o sucesso
A palavra-chave para uma candidatura de sucesso é: organização. Uma candidatura a este tipo de programas está inevitavelmente associada a burocracias e prazos que vais ter de cumprir. Utiliza um calendário ou agenda para que não falhes nenhuma data importante. Deves também listar os documentos que serão necessários no momento da candidatura. Cada universidade tem esta informação disponível numa página ou plataforma que aborda as oportunidades de mobilidade disponíveis. Tem em mente que, após seres aceite por uma universidade de destino, serão pedidos mais documentos. Assim, esta lista irá crescer e permanecer relevante durante todo este processo.
2 - Voz da experiência
É importante saber gerir expetativas e estar ciente quer dos aspetos positivos, quer dos negativos associados a esta experiência. Para isto, nada melhor do que testemunhos para nos darem a conhecer como é a experiência Erasmus+. Procura alguém com o perfil e percurso semelhante ao teu: curso, faculdade ou universidade. É A oportunidade ideal para tirares algumas das dúvidas que tenhas e ouvires conselhos que te podem facilitar este processo.
Além disto, pesquisa por artigos em páginas como a nossa ou em plataformas como o Reddit e blogues que relatem experiências em mobilidade.
3 - Motivos e objetivos.
Regista os motivos e objetivos que impulsionam a tua candidatura. Podes fazê-lo através de uma lista ou moodboard, por exemplo. Fazeres este registo vai dar-te uma motivação extra durante este moroso processo de candidatura.
As razões mais comuns que levam os estudantes a embarca nesta experiência são:
A prática de uma língua estrangeira,
Experienciar a vida fora de Portugal,
Interagir com pessoas diferentes,
Viajar e conhecer novas culturas,
Diversificar o percurso académico,
Enriquecer o currículo.
Objetivos implícitos como a aquisição de competências pessoais e interpessoais (as famosas e tão importantes softskills) são também relevantes para definir de que forma queres envolver-te na experiência quando estiveres no teu destino.
4 - Olha para o mapa!
É aqui que começarás a ver opções mais concretas. Na página da tua universidade podes encontrar com quais universidades existem acordos estabelecidos para a realização do Programa Erasmus+. É nesse sistema que irás introduzir a tua área de estudo e obter uma lista das universidades elegíveis. Entre elas, terás de eliminar as que não te interessam consoante os motivos e objetivos que expressaste.
Por exemplo, um estudante de espanhol com o objetivo de aperfeiçoar esta língua terá entre as suas opções de destino a Espanha. Já um estudante de Ciências da Comunicação que queira conhecer mais culturas terá entre as suas opções países do centro da Europa devido à acessibilidade. É necessário ter em atenção aspetos como a língua e o clima do país, assim como o choque cultural. Não é negativo que existam diferenças ou semelhanças com o nosso país, apenas é importante que as saibamos e estejamos dispostos a enfrentar essa experiência.
Outro tema importante é o custo de vida no nosso destino. Candidata-te a uma Bolsa Erasmus+ na tua universidade (fala com a responsável do gabinete de mobilidade para que te oriente neste assunto) e procura saber mais sobre os preços de alojamento e alimentação. Algumas páginas na internet facilitam estes dados e proporcionam a comparação entre países. O Expantistan, por exemplo, detalha desde o preço do aluguer de um estúdio até ao preço de uma pasta de dentes.
5 - O que queres estudar?
Agora que tens opções concretas de universidades, está na hora de entrar na página de cada uma e procurar unidades curriculares semelhantes às que constam no teu plano de estudos para esse período. Toma em atenção o horário (caso já esteja disponível) para evitar sobreposições e verifica se estão de acordo com o(s) semestre(s) em que vais.
É importante que a universidade de destino proporcione unidades curriculares semelhantes às do teu curso para que, após seres aceite, consigas formular o Learning Agreement com o máximo de equivalências. Este documento será o teu plano de estudo de mobilidade. Caso não relaciones alguma unidade curricular, significa que não a irás realizar pelo Programa Erasmus, tendo de a fazer consoante as diretrizes da tua universidade (normalmente, através de Exame em Época Normal ou Recurso quando regressares).
Neste ponto, podes ver-te obrigado a redefinir as tuas escolhas no passo anterior. Por exemplo, preferires estudar na Turquia, porém as universidades elegíveis não terem unidades curriculares semelhantes às tuas. Talvez não encontres equivalências para todas e, nesse momento, deves medir a importância da oportunidade de mobilidade com a tua capacidade de lidar com a adversidade de um exame em época normal (ou mais, consoante o caso).
6 - Concretiza a tua candidatura!
Não há segredo neste passo. Preenche a página de candidatura com as opções em ordem de prioridade e os documentos que reuniste.
BÓNUS: Enquanto aguardas ser aceite…
Após seres aceite, terás ainda de confirmar que pretendes seguir com o processo e oficializar a tua ida. Mas antes dessa etapa, deves ter tudo pensado e estar confortável com a mudança que irás enfrentar. Deves considerar alguns aspetos como:
Ir sozinho ou encontrar alguém que vá também?
Que grupos ou atividades de integração na vida académica são disponibilizados.
Associações de voluntariado ou centros de desporto.
Que características precisas de desenvolver até esta nova etapa? Por exemplo, a língua, interação social, autonomia e resiliência.
Não tenhas medo de arriscar e de viver a oportunidade incrível que espera por ti através do programa ERASMUS+.
Se tiveres dúvidas não hesites, contacta-nos! :)
