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Ansiedade - combate ao pequeno grande “monstro”

Somos assolados por um ciclo interminável de mudanças no quotidiano. Ora os nossos planos não correm como planeado, ora decide aparecer um vírus, sem qualquer aviso prévio de que tem pretensões de colocar em causa a maioria das nossas crenças e suscitar a prontidão da reconstrução da nossa base de dados.

É certo que depois da tempestade vem a bonança, mas o Ser Humano, ainda que a sua evolução demonstre o contrário, é tendencialmente conformista e comodista. Contudo, assim que surge alguma insegurança ou possível fase desfavorável, é obrigado a adaptar-se, brotando, inevitavelmente, como consequência uma certa ansiedade.

Entre determinados peritos e diversos especialistas, chegou-se à conclusão de que são vários os fatores na origem desta condição que, quando agravada, poderá trazer sérias complicações na qualidade de vida dos seus conhecidos, passando a designar-se por ansiedade crónica. “O stress e os acontecimentos traumáticos podem desencadear perturbações de ansiedade.”

Alguns dos fatores que constituem a flexibilidade de um “ramo verde” que apesar de dobrar, resiste e não parte, são:

  • a capacidade de adaptação aos diversos momentos;

  • o desenvolvimento de uma perspectiva suficientemente otimista;

  • o reconhecimento de pontos frágeis da vida, mas não exclusivos.

  • a compreensão e o carinho como fatores de proteção.

Portanto, os laços afetivos e emocionais são imprescindíveis para o nosso desenvolvimento pessoal e social.

Lapsos de memória, reconhecidos como “brancas”, dificuldades na respiração, vómitos, desmaios ou problemas nervosos são algumas adversidades de quem padece de ansiedade em épocas de exames ou até testes. Como ainda não é socialmente aceite por grande parte da população, em particular, mais distante da evolução da Neuropsicologia e Medicina, cultivam-se estigmas e preconceitos.

Como principais dicas e truques ficam:

  • Recorrer a amigos, familiares ou professores para apoio crucial.

  • Expor por palavras a experiência pessoal e, caso necessário, recorrer a psicólogos para maior eficácia na compreensão da origem e possíveis “soluções”.

  • Recriar momentos que causem ansiedade e, através de sessões de psicoterapia, identificar e utilizar as estratégias mais adequadas.

  • Evitar situações que despoletem determinados estados de ansiedade e nervosismo, como estudar na véspera.

  • Saber quando parar, separar o tempo de estudo do tempo de lazer e nunca suspender o exercício físico são obrigatórios para o sucesso em tudo.

  • Saber que uma nota que não corresponda às nossas expectativas não definirá o nosso futuro, dado existirem sempre outras oportunidades.

  • Compreender que, à semelhança de tantas outras características que possuímos em comum, a ansiedade não deverá ser diferente, pelo que não serão nem os primeiros, nem os únicos.

Desmistificando este pequeno monstrinho que paira em demasiados momentos da nossa vida, é fulcral valorizar como nos sentimos, identificar potenciais rastos do monstro que não define quem o leva consigo. Conviver, partilhar e compreender são pequenos antídotos para menores complicações e uma vida genuína e livre.

A falta de informação sobre este tema levou à criação de um grupo de partilha que posteriormente deu origem à Associação Portuguesa de Perturbações da Ansiedade (APPA), que é constituída pelo um grupo de associados (utentes, técnicos da área social e psicológica, profissionais de outras áreas) que têm como objetivo "desvendar a psicologia da Ansiedade" e assim ajudar na desmitificação mencionada anteriormente.

E tu, que conselhos acreditas serem pertinentes para combater a ansiedade?



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